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CORRESPONDÊNCIA COM LEANDRO SOUZA SOBRE A VALORIZAÇÃO DO TEATRO

figurino de BENÇA no camarim na quadra da escola de samba de cidade jardim, em belo horizonte, durante o FIT - 2012

figurino de BENÇA no camarim na quadra da escola de samba de cidade jardim, em belo horizonte, durante o FIT - 2012

Marcio, meu querido.

Antes de qualquer coisa, gostaria muito de te agradecer pelo retorno e peço imensas desculpas pelo atraso em responder as suas considerações. Estes últimos dias – posteriores ao nosso último contato – foram tão movimentados que, para lhe responder, era necessário que eu me aquietasse um pouco para, assim, transcrever em palavras a minha gratidão à você e toda a atenção que tens me dado nos últimos e-mails, e principalmente, por ter postado meu texto em seu blog, no blog do Vila e feito uma carta resultante do nosso diálogo virtual nestes últimos dias. Saiba que todos estes detalhes são muito importantes e significativos para mim, um graduando em produção cultural que está tentando desbravar este universo da cultura com olhares atentos e mais um punhado de palavras.

Sei que faz mais de uma semana que o senhor havia me encaminhado seu último e-mail (na verdade, já faz mais de 10 dias), mas, somente hoje, pude calmamente ler suas últimas publicações e lhe retornar da forma que lhe é devida. Antes disto, havia apenas sinalizado em minha caixa de entrada esta sua mensagem para que eu não me esquecesse de retorná-lo, pois conforme pude ver entre suas recentes publicações havia uma citação deveras importante: “Refletir é bom, debater é saudável, o contraditório soma, pior é o silêncio”. E foi justamente este silêncio soterrado pela minha agitação, cansaço e afazeres dos últimos dias que me incomodava em não poder respondê-lo com antecedência, mas de todo modo, seguem minhas sinceras desculpas.

Quanto aos textos lidos, recorri ao blog e a nossa troca de e-mails e agradeço muito pela oportunidade da reflexão. À princípio, gostaria de comentar um pouco sobre a publicação “Sobre o Verão Cênico” pois durante a realização da primeira temporada pude vivenciar o projeto por diferentes ângulos e gostaria de compartilhar contigo o que penso a respeito: Durante a realização do projeto, estive na posição de quem inscreveu e produziu uma das peças para o edital lançado (sendo esta, uma dentre as que foram aprovadas); estive também na posição de quem acompanhou o recebimento destes espetáculos em um dos teatros participantes; e, por fim, na posição de público. Ao trilhar por estes percursos, posso concordar com boa parte do que foi dito pelo senhor, em especial, quando diz que “quem se beneficiou do projeto foi o público pagante que é frequentador comum à estes espaços” e “quem não costuma ir ao teatro por uma opção pessoal, não irá só porque está mais barato ou de graça, pois este perfil de público paga valores equivalentes ou maiores no cinema ou em shows/eventos que acontecem na cidade”, acho que tais observações são muito importantes e concordo plenamente contigo. Particularmente, vejo o barateamento, ou até mesmo, a gratuidade de espetáculos um equívoco que – tal como a distribuição injustificadas de convites – desestimula a visão de cultura como investimento e despesa por parte não só do público, mas também, de quem produz; e isto, nos faz retornar para a discussão de teatro pensado como economia, e como o senhor mesmo disse (e creio que o faz com coerência e experiência) “quem quer pensar sobre isso?” rsrsrs…

No entanto, o equívoco pontuado pelo edital “Verão Cênico”, por mais contraditório que possa parecer, se configura (pra mim) como um equívoco (neste momento) necessário, mas que também necessita ser reformulado e te explico o por quê: no período de realização do projeto, a cidade aparenta estar tendenciosamente inclinada para as festividades carnavalescas, e quem não está disposto a se aventurar pela folia momesca tem por opção: viajar e fugir da folia ou ficar na cidade e ignorar a festa, neste sentido, vejo que as sugestões na cidade de lazer e tranquilidade para esta parcela presente de soteropolitanos (que me parece ter crescido a cada carnaval) são pouquíssimas – e o “Amostrão Vila Verão” se encaixa nestas raras opções culturais – sendo assim, a “Temporada Verão Cênico” consegue espalhar pela cidade uma programação diversificada que contempla uma parcela dentro da parcela de soteropolitanos que evitam participar do carnaval. O resultado do projeto, certamente, não veio a ter o mesmo êxito que a recente edição do FIAC, já que poucos foram os espetáculos em que presenciei a lotação, mas o saldo final acredito ter sido positivo, pois foi um investimento público destinado à uma parcela da cultura num período em que não se fala em outra coisa além do carnaval na cidade, onde a visão predominante é “que todos querem festa e alegria, como se o teatro não fosse isto também” tal como o senhor já havia pontuado em seu texto. Além disto, vi também, que em suas colocações há uma contestação acerca do impacto negativo que o “Amostrão” feito no Vila sofreu com o “Verão Cênico” e reconheço que pontos como estes precisam ser avaliados e reajustados para a vitalidade das edições futuras de ambas as propostas, pois (ao meu ver) o que deve prevalecer é uma sintonia e não uma sobreposição de projetos (creio que minha visão romanceada das coisas podem ofuscar uma discussão muito maior que existe neste quesito, mas vamos adiante – rsrsrs). O que me empenho em afirmar aqui é que a “Temporada Verão Cênico” não pode “atropelar” as raras opções culturais já existentes, em especial, por ser esta uma proposta de governo que, infelizmente, tende a ser incerta quanto à duração, além de, estar sustentada pelos interesses de quem transita pelo poder (destaco abaixo, uma colocação sua, que reflete muito do que penso a respeito deste ponto):

Quando a primeira gestão da Cultura do Governo Wagner resolveu incentivar a existência de festivais internacionais promovidos pela iniciativa privada, ao invés de realiza-las no âmbito de seus órgãos, foi para que pudessem sobreviver à descontinuidade administrativa do Estado. O objetivo é que esses festivais, apesar de ainda dependerem do apoio governamental, continuem a existir buscando outras fontes de recursos financeiros, outros recursos e outras estratégias. A grande dificuldade para isso é não termos ainda um mercado. Não temos um público pagante que garanta essa continuidade e, mais que isso, legitime a importância das artes cênicas para a sociedade através da troca simbólica. Então não temos também o consequente interesse de patrocinadores e investidores nelas.

Mais adiante, pude acompanhar propostas suas que achei coerentes, em especial, quando alertou para a rede criativa formada pelo nosso contexto artístico e cultural:

As artes do espetáculo movimentam uma enorme rede criativa, produtiva e econômica de serviços, consumo, capital. Portanto essa rede tem que ser estruturada e tornada visível para ela própria e então ser consultada, atendida, articulada, fortalecida e poderá caminhar sem a dependência quase química do estado. Ou corremos o risco de administrar crises de abstinência quando o Governo recua do papel de fornecedor para assumir seu verdadeiro papel.

No entanto, me incomodou um pouco uma observação feita pelo senhor ao sugerir critérios de pontuação para, o que viria a ser, uma proposta de nova modalidade de edital público:

O cadastramento de entidades capacitadas, uma verba definida a ser distribuída em patamares de valor, segundo critérios objetivos de pontuação, como longevidade do projeto, metas a serem alcançadas, público a ser beneficiado, se a entidade já recebe ou não verba pública para manutenção do teatro e de suas atividades etc… Mas, principalmente que seja vetado o ingresso gratuito. Que a previsão de arrecadação de bilheteria seja também critério de pontuação. Que estratégias para conseguir isso sejam avaliadas.

Ao ler este trecho (em especial, o que está sinalizado) venho a divergir – um pouco – do senhor, pois durante a primeira edição da “Temporada Verão Cênico” pude acompanhar espetáculos de pequenas companhias – e em sua maioria vindas das periferias da cidade – tendo a oportunidade de se apresentar, pela primeira vez, em espaços culturais que habitualmente não lhe são acessíveis (considerando, principalmente, critérios como o custo da pauta e até mesmo “força” para que estes possam sustentar uma bilheteria), além disto, pude observar também que tais grupos foram aplaudidos por uma plateia que não lhe era também comum – uma plateia, em sua maioria classe média, habituada a espetáculos de companhias renomadas e que torna-os exigentes quanto à profissionalização do que está sendo “pago a ver”, mesmo que pelo valor de R$1. A representatividade que aquele momento gerou para esses pequenos grupos, conhecendo a realidade local e social que lhe é reservada, foi gratificante, tornando a arte e a cultura aos olhos deles e aos meus, como um caminho possível para se acreditar num futuro em que posso me sustentar através da arte, uma sensação que nós (jovens da periferia) sentimos da mesma forma ao vermos um “Lázaro Ramos” ou um “Érico Brás” brilhando na tv, e isto, para mim, fez valer e muito, a proposta do “Verão Cênico”.

Desculpe a minha ousadia ou excesso de ingenuidade, mas creio que, no primeiro olhar, faltou à sua sugestão contemplar os sonhos destes jovens como atuantes do processo, colocando-os “em cima do palco” e não somente inserindo-os numa proposta de “formação de plateia”, mas sei também, que pela sua trajetória e suas ações durante estes longos anos de experiência, na prática, os sonhos deles ficariam melhor cuidados e teriam uma destinação mais inclusiva do que simplesmente receber convites para assistir aos espetáculos e promover um bate-papo com atores e diretores em seguida. Assim, peço licença ao senhor, ao lhe convidar a pensar por este outro ângulo, já que estas pequenas companhias não possuem “forças” para concorrer em editais com os critérios que vi apontados em seu texto, deste modo, creio que faltou em suas propostas ressaltar, o que considero, como um dos maiores trunfos da “Temporada Verão Cênico”: a democratização do acesso no que tange (também) a produção artística, e não apenas, a democratização da recepção. Talvez, posso ter exagerado um pouco aqui, e sobreposto a minha perspectiva emotiva sobre a racional, ou até mesmo, posso estar expressando uma contestação que pode se contradizer facilmente com projetos já existentes no verão e que posso não ter o conhecimento (neste caso, antecipo desde já as minhas desculpas se isto vir a acontecer).

De todo modo, tornou-se recorrente para mim, ler em algumas publicações, projetos e editais, pequenas companhias vistas tão somente para “formação de plateia”, sendo raras as situações, em que se promovem “oficinas formativas” ou oportunizam “financiamento para apresentação destes grupos em espaços culturais”. Por outro lado, é notório que há um interesse do atual governo em fomentar e disseminar propostas em que, no final das contas, se apresentem como “assistencialismos” e neste caso, também sendo feito através da arte, mas não serei tão ingênuo em acreditar que esta ação política é uma exclusividade do PT, são (infelizmente) estratégias arquitetadas que movimentam o jogo político para conquistar a simpatia de um maior número possível de cidadãos eleitores, em que as propostas de promoção da arte e da cultura local – como deveriam realmente ser feitas – não se encontram priorizadas.

Quanto à “carta sobre a valorização do teatro”, fiquei muito honrado em recebê-la e muito feliz por motivá-lo a expor esta reflexão. Suas considerações quanto a relutante escassez de público nos teatros da cidade são intrigantes e instigantes, me levando a querer compreender mais sobre a dinâmica cíclica que envolve público/espetáculo, pretendo – sempre que possível – me lançar mais sobre reflexões como esta, creio que daria mais sentido para o percurso acadêmico que estou trilhando no curso de produção cultural. Agradeço também pelo parágrafo final, a generosidade de suas palavras – e de alguns outros retornos que recebi – fez com que eu (re)considerasse uma proposta que já havia idealizado anteriormente: criar um blog colaborativo (para que outras pessoas também possam externalizar o que pensam sobre as diversas temáticas que nos rondam), se possível, em breve, posso lhe apresentar os primeiros resultados.

Como pude ver em uma outra postagem em seu blog “cada processo é um processo”, e eis que estou aqui para aproveitar este momento processual de aprendizagem e, como é comum nas relações pedagógicas, agradeço, mais uma vez, pela oportunidade desta troca de informações que estamos tendo, espero que o meu súbito silêncio de alguns dias não permita o encerramento deste produtivo intercâmbio reflexivo que estou tendo o privilégio de receber ao ler as suas considerações. Estou muito ansioso para ver quais os questionamentos e reflexões que “Dô” e “Frankenstein” tem para nos apresentar, desejo muito sucesso para estes e os muitos outros projetos que ainda virão.

Forte abraço, com gratidão.

Leandro Souza

Graduando de Produção Cultural – Facom/UFBA

15 de outubro de 2012

material do bando de teatro olodum, à venda antes do espetáculo - FIT - belo horizonte/MG

material do bando de teatro olodum, à venda antes do espetáculo - FIT - belo horizonte/MG

 

Caro Leandro,

As considerações sobre o Verão Cênico devem ser lidas no contexto em que foram escritas, ou seja, como uma carta para a FUNCEB, promotora do evento. Uma avaliação do projeto feita por um cidadão artista que pensa políticas públicas, como qualquer um de nós deve pensar. Mas escrita também do ponto de vista de uma instituição.

Ora, as políticas públicas não podem ter uma única ferramenta. Você dá o seu testemunho do benefício que podem ter tido alguns grupos emergentes. Dou o meu sobre o impacto negativo que sofremos no Teatro Vila Velha. E a impressão que tenho, a partir da queda de público do Amostrão, de conversas com grupos profissionais que participaram e com outros teatros, é de que pra um segmento da cadeia do teatro não foi tão bom assim. Mas faltam os dados de avaliação desses teatros, desses grupos e também a publicação da pesquisa que foi feita com aqueles que aderiram.

As atividades humanas, e dentro delas as culturais e artísticas, são produzidas em redes. Temos que ter clareza sobre isso. Estas redes incluem uma gama muito grande de atividades, profissionais, serviços, produtos. Estas redes, no caso das atividades artísticas e simplificando muito a questão, incluem a grande indústria cultural e as manifestações identitárias e é necessário políticas para ambas. Uma pensa produção, distribuição, exportação, royalties, tributação, questões de legislação internacional, trabalhista, corporações, mercado, etc. A outra tem mais a ver com políticas para o micro produtor, para a agricultura familiar ou educação e ações de formação do que com mercado. Mas há um diálogo constante entre as duas áreas, que se retroalimentam.

O Estado não pode, em função de fomentar uma, sufocar a outra. Por isso os instrumentos de políticas públicas devem ser vários – e muitas vezes efetuam apenas uma transição – devendo ser elaborados e avaliados constantemente através de dados, números, indicadores, acompanhamento.

Podemos refletir sobre a ferramenta editais, por exemplo. Foi importante no momento em que o “balcão” cedeu lugar à chamada pública com critérios objetivos de avaliação e seleção; ajudou a profissionalizar e institucionalizar mais o setor, foram criados mais CNPJs, a categoria se associou a outros profissionais – de administração, por exemplo – tornou-se comum a prática do planejamento e da elaboração de  projetos com metas a serem atingidas, com razão de ser além da inquietante vontade de criar. Claro que esse impulso criativo tem seu valor e sua importância, mas, se usa recursos públicos para se realizar não pode estar dissociado de um pensamento prático e de uma previsão de benefício público (ao invés de “contrapartida social”). Mesmo que estejamos pensando em inovação e desenvolvimento da linguagem, em pesquisa, como uma meta do projeto, esta pesquisa tem que levar a algum lugar. Como a pesquisa científica, tem que prever benefícios, e estes têm que ter medição, aferição, porque é preciso prestar contas à sociedade dos recursos públicos investidos nela.

Quando falo, na carta à FUNCEB, dessas instituições que podem e devem levar em conta também a bilheteria como fonte de recursos, falo de uma rede produtiva que não exclui a inovação, os grupos emergentes, a experimentação, que estarão incluídos nas políticas e práticas dessas instituições em redes se o Estado fomentar essas redes, políticas e práticas. Isso pode ser uma decisão do Estado e se chama “política pública”: Estado e sociedade civil num trabalho conjunto. Teremos assim um Estado articulador, fomentador desses espaços e instituições de finalidade pública, que devem ser fortalecidos em suas iniciativas, ao invés de um estado que cria ações governamentais e concorrem com elas. Essa a diferença entre governamental e pública. Em outras palavras: o Estado não pode substituir a sociedade, é parte dela e a representa, ajuda na sua organização e desenvolvimento.

Não foi nenhum Verão Cênico que levou Lázaro Ramos e Érico Brás onde estão. Eles se tornaram referências para muitos graças a projetos continuados que existem e existiram sem apoio governamental direto: o Bando de Teatro Olodum e o Tomaladacá. Pode-se dizer que o Bando é um grupo que tem residência num teatro que recebe recurso público e que este recurso por conseguinte também mantém, indiretamente, o Tomaladacá. É isto. E isto é certo. O Vila tem 30% de seus custos pagos pelo Estado. Os outros 70 são uma batalha diária que inclui a bilheteria, patrocínios, apoios e projetos como o Amostrão. E tem também uma política de formação de plateia e uma política de intercâmbio com grupos amadores, emergentes, do interior, mas também residências e trocas com coletivos locais, nacionais e internacionais. Essa mistura, essa rede, é que move o Vila e dá visibilidade a lázaros, éricos e outros. A independência, a ousadia, a aventura para além do conhecido, através do inventado.

Ou seja, quando falo que qualquer projeto de formação de plateia, ou uma política para isso, não pode ser feita somente pelo Estado, mas em articulação com quem vive o dia a dia da produção e do mercado que pode trazer sustentabilidade para a produção artística – e isso não exclui os grupos emergentes, nem amadores, nem do interior – você sabe que posso falar com tranquilidade, por que tenho isso como prática e reflexão diárias. É só ver o Teatro Vila Velha, o Bando, e seus projetos.

Não é ingenuidade sua defender os grupos emergentes supostamente beneficiados pelo Verão: é senso comum. Parece que foram beneficiados. Mas seriam beneficiados de fato se, a partir daí, houvesse e pudesse haver a previsão de planejamento, pelo menos à médio prazo, para que estes grupos não dependessem tanto do Estado para realizar seus projetos, conquistar seu próprio público e decidir se quer ser produto e construir um mercado ou fazer seu trabalho, mais do que artístico, identitário e cultural.

Como disse, o que faz você achar que os grupos emergentes foram beneficiados é o senso comum que diz que é assim, que deve ser assim, que o Estado deve assumir até a tarefa de construir um público para o teatro. Não deve. O teatro deve construir o seu público. O teatro tem que ser necessário. E nenhum Estado pode fazer com que isso aconteça. Só os artistas podem. Não é porque pessoas foram ver o trabalho dos grupos, no Verão Cênico, que o projeto atingiu a meta. Meu velho, não se faz arte nem mercado com o senso comum, mas com invenção e transgressão. Estão aí Zé Celso e Steve Jobs, que não me deixam mentir.

Podemos continuar este papo. É um bom tema. Mas paro hoje por aqui.

Abraço

mm

Salvador, 18 de outubro de 2012

Publicado em 03/11/2012 | nenhum comentário

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